Estamos vivenciando um paradoxo no mercado de trabalho. Por um lado, as gerações chegando às empresas não estão encontrando o ambiente desejado para seus sonhos e habilidades. Isso porque muitas delas ainda têm uma cultura que já não apresenta aderência ao papel do trabalho em suas vidas.
\\r\\nOs jovens preferem seguir o caminho oposto ao dos pais, que escolhiam um curso mais tradicional, ficavam muito tempo ou a vida toda na mesma empresa e viam o trabalho apenas como um meio de pagar as contas, como o estudo dos filhos; poupar para comprar imóvel, carro; fazer passeios e viagens. Os jovens procuram propósito no ambiente profissional, querem se sentir parte de um grupo que busca resultados. Se não tiverem o que desejam, vão se desmotivar e ir atrás do que acreditam.
\\r\\nPor outro lado, o ambiente extremamente competitivo tem exigido mais e mais dos negócios. A fim de fazer frente ao cenário hostil, as empresas têm buscado os resultados necessários através da contratação de profissionais extremamente qualificados, mas que também não representem um alto custo para a folha. Porém, as empresas afirmam que muitos jovens, com menos de 24 anos, não têm habilidades e bagagem suficientes que justifiquem a contratação. Em parte, isso acontece por conta das falhas no sistema educacional para formação de profissionais no Brasil.
\\r\\nPor tudo isso, o planejamento de carreira passa a ser cada vez mais crucial, demandando preparação em vários níveis. Esse preparo é resultado das trajetórias acadêmica, profissional e pessoal, traduzidas por essas três competências:
\\r\\nCONHECIMENTO
\\r\\nÉ o saber teórico. Há inúmeras maneiras de adquirir conhecimento: cursos de graduação, pós-graduação, especialização, técnicos, de extensão, de capacitação profissional, palestras, treinamentos etc. Além disso, há muito conteúdo gratuito na Internet.
\\r\\nO problema do conhecimento é que o sistema educacional brasileiro apresenta muitos problemas. Mesmo sendo ensino superior seja mais acessível já há vários anos, o mercado não consegue absorver essa mão-de-obra, porque o sistema educacional brasileiro não prepara o aluno para a vida profissional. o ensino é pautado no desempenho em provas e vestibular.
\\r\\nHABILIDADE
\\r\\nÉ o saber fazer. A fim de desenvolver habilidades, é preciso colocar em prática todo o conhecimento adquirido. Habilidade é saber fazer, entender como e onde aplicar o conhecimento.
\\r\\nATITUDE
\\r\\nÉ o querer fazer, a ação. Muitos recrutadores afirmam que preferem um candidato que tenha atitude de sobra, mesmo que não tenha o conhecimento, pois é mais fácil adquirir conhecimento para desenvolver as habilidades do que mudar comportamentos inadequados.
\\r\\nNem sempre é tão fácil almejar uma mudança de empresa em períodos recessivos. Mesmo assim, segundo pesquisa do The Boston Consulting Group, realizada com 13.000 profissionais em 13 países, incluindo o Brasil, há várias razões para a busca de nova colocação no mercado. A grande maioria tem procurado empregos que proporcionem maior satisfação. Eles querem:
\\r\\nAlém disso, a pesquisa registrou uma média de 9 semanas para a etapa de pesquisa e busca por emprego no Brasil e 7 semanas para a participação em todas as etapas do processo seletivo, ou seja, cerca de 4 meses na melhor das hipóteses.
\\r\\nDaqueles brasileiros que quiseram e conseguiram mudar de emprego, a pesquisa detectou o seguinte nível de satisfação na nova empresa:
\\r\\nPor fim, quanto aos canais de busca de emprego que foram mais importantes para a recolocação dos entrevistados no Brasil, o resultado foi:
\\r\\nJá há vários anos, muitos dos processos seletivos são conduzidos, parcial ou totalmente, pelas empresas especializadas. No entanto, não adianta nada somente olhar e não procurar conhecer tem que fazer contato e ir atras e achar a melhor alternativa para você. O que você tem feito pelo seu CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude)?
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